domingo, 23 de agosto de 2009

Reforma Agrária: epílogo


Desde a primeira metade do século XX, a Esquerda vem tentando implantar no Brasil um regime socialista e anticristão. Tem conseguido resultado. Se formos comparar um “homem-da-rua” de 1950 com um de hoje a diferença é gritante! Provavelmente o de 1950 era católico e anti-comunista. Ele via na família algo sagrado, que era vinculado ao sacramento do matrimônio indissolúvel. Isso se refletia nas leis e em todos os costumes da nação, de modo em geral. E o homem de hoje? Com certeza ele não vê na família uma “fortaleza” inexpugnável, imune a todo e qualquer tipo de borrasca destruidora. O homem mudou e para pior! Ele é mais liberal, aceita doutrinas freudianas, darwinistas, marxistas e relativistas. O mesmo se pode falar das leis e dos costumes nacionais. Nossas leis são divorcistas, abortistas, socialistas e em vez de promover a dignidade humana, promovem a sua massificação, mitigação e destruição.
O socialismo visa destruir sistematicamente o regime de propriedade privada e de livre iniciativa por meio da estatização dos meios de produção. Isto é intrinsecamente mau, porque faz do Estado um “todo-poderoso”, que quer meter o bedelho em tudo o que não é chamado. A igreja católica alertou o povo contra essa doutrina para preservar a humanidade deste mal. Assim Pio XI declarou que "Ninguém pode ser, ao mesmo tempo, bom católico e verdadeiro socialista" (Encíclica Quadragesimo Anno). Uma forma de penetração socialista na sociedade é por meio das leis. É o que ocorre com a relativização da propriedade privada com a Reforma Agrária. Nos anos 1960, João Goulart tentou fazer as chamadas “Reformas de Base”, e a Reforma Agrária estava entre elas. Não conseguiu porque foi deposto pelo golpe de 1964. Os generais, entretanto, fizeram exatamente o que Jango queria com o “Estatuto da terra” promulgado no mesmo ano da deposição do presidente gaúcho. Porém, a reforma Agrária foi muito lenta nos anos da ditadura. O tema voltou em 1985 com o PNRA e assim a Reforma Agrária não teve mais nenhum entrave político desde então. O Regime de propriedade privado ainda não acabou por causa de certos termos que não decretavam de vez a extinção do sistema capitalista. Um deles é um artigo da Constituição de 1988 que garantia que “a propriedade produtiva não pode ser desapropriada”. O termo “produtividade” é determinado pelo INCRA nas vistorias feitas nas propriedades, passiveis de desapropriação. Se a fazenda não é produtiva. Cai sobre ela a sentença de “ser desapropriada para fins de reforma agrária”. A agricultura brasileira tem sido heróica nos dias em que o mercado externo tem sido flutuante e muitas vezes isso desestimula a produção. Ela foi vítima da seca, das enchentes das invasões do MST, etc.
Agora surge uma revisão dos índices de produtividade. Isso vai determinar que 400 mil propriedades que são produtivas sejam declaradas “latifúndios por exploração” e assim lá se vai o direito de propriedade. Com isso, os fazendeiros vão desistir de trabalhar e os campos ficarão vazios, deixados às ervas daninhas. Haverá falta de alimentos e na cidade a carestia voltará junto com a miséria. Será o fim da propriedade rural! Lula depois que sair da presidência dirá: vocês na minha época tinham abundância de alimentos e agora vocês passam fome! Comigo vocês eram felizes! E agora estão na miséria! É o “sapo barbudo” fechando o seu governo com a “chave infernal”. O que ele não fez nos anos iniciais do mandato, ele faz agora para o próximo presidente arcar com as péssimas conseqüências.