Em defesa dos animais
Vi num vídeo divulgado numa rede
social, o abate de um leão por alguns caçadores na África. A fera estava
sozinha e foi morta a tiros de fuzil com mira telescópica. Foi uma cena cruel e
espantosa, porque o animal se debatia, como que lutando pelos últimos instantes
de vida. Soube depois que os caçadores eram pessoas ricas dos Estados Unidos,
que estavam em férias na busca de algo emocionante... Não sei o que há de fato
empolgante estar por trás de uma poderosa arma de fogo, protegido por uma turma
bem equipada com toda espécie de fuzis e pistolas, mas enfim, eles acharam
engraçado fazer uma coisa desta natureza. Pensei então no pobre animal que nem
viu seus oponentes, uma vez que estavam longe do local onde repousava
tranquilamente, quiçá, após uma refeição. Quem tem dinheiro pode fazer o que
quiser, quase sem limite algum. Queria era ver algum magnata como aqueles,
puxar a cauda de um leão, como fazem os masais, quando pretendem assumir a
chefia da tribo. A forte e indignante cena para uma pessoa que como eu, ama os
animais, é repetida várias vezes no mundo e atinge outras espécies, frequentemente ameaçadas de extinção.
De fato, pouco ou nada podemos
fazer para salvar animais que serão mortos por pessoas que matam somente por
esporte. O princípio ambientalista afirma que “devemos pensar globalmente e
agir localmente”. Assim, no nosso ambiente podemos sim, fazer algo, que pode
ajudar animais indefesos. Por exemplo, evitando o abandono destes ou pelo menos
tentar convencer as pessoas que conhecemos a não fazer isso. Sei de muitos
casos de gente que não conseguindo mais sustentar o cão que cria, o leva para
um lugar longínquo, de modo geral, na zona rural, para soltá-lo, na esperança
que ele “se vire” por lá. Com certeza, as possibilidades de sobrevivência de um
cão no mato, são mínimas. E isto vale também para gatos e outros animais
domésticos criados em casa. No lar, os bichinhos estavam acostumados a receber
comida diária e ao perder esta mordomia de um momento para o outro, certamente
entram numa situação nova em que a adaptação provavelmente não ocorre e assim
não tardam a perecer, muitas vezes com uma agonia lenta e sofrida.
Circula por aí, uma “declaração
universal dos direitos dos animais”, parecida com a Declaração dos Direitos
Humanos de 1948. Muitos nem sabem de sua existência e outros a praticam mesmo
sem a conhecerem. Isto porque muitas vezes, certos bichos têm até mais valor
que pessoas... Eu gostaria de dizer aqui, que a meu ver, tal declaração é no
mínimo, hilária. Isto porque se afirmarmos que “um animal tem direito à vida e
a liberdade”, não poderíamos então comer mais carne de espécie alguma. Nem de
peixe! Não poderíamos ter um cão que vigia nossa casa 24/dia, porque o melhor
amigo do homem teria um direito ao descanso... Então eu diria que animais não
têm direitos de fato. Nós, seres humanos e racionais é que temos o dever de nos
portar de forma razoável com os demais seres vivos, com respeito e amor. É
certo que qualquer um deles vale menos que uma pessoa. Mas esta pode se
desvalorizar quando os trata de forma animalesca!