terça-feira, 4 de março de 2014

A paz é o fruto da justiça
Estamos passando por uma época de intranquilidade. Do nosso continente, recebemos notícias de conflitos políticos na Venezuela e de problemas ligados ao crime no Brasil. Da Ásia e África, sabemos que pululam daqui e dali, guerras civis, que parecem intermináveis. E agora a velha Europa se vê novamente na possibilidade de uma guerra, de consequências imprevisíveis. E o mais interessante é que faz neste ano de 2014, o centenário do início do mais sangrento dos conflitos que foi a Guerra Mundial. Pus aqui no singular a palavra “guerra”, porque muitos historiadores consideram a Primeira e a Segunda grande Guerra, como um só evento, separado por duas décadas de trégua. E tem também o bicentenário do fim das guerras napoleônicas, que também modificaram de modo significativo, o rumo da história da humanidade. Para quem é supersticioso, o número que indica este ano, pode então ser assustador! Seria muito triste e temeroso assistir uma repetição de tudo o que aconteceu, com milhões de pessoas mortas, feridas ou tornadas inválidas, com a formação de viúvas e órfãos, além de uma incalculável destruição do patrimônio público e privado e de danos ao ambiente. Em outras palavras, a guerra é indesejável e por isto deve ser evitada. Mas não a qualquer custo! Não podemos ter o espírito de capitulação em caso, por exemplo, de uma invasão estrangeira. Desta forma, o inimigo não pode entrar aqui e ver que não há resistência e assim impor suas regras. É preciso mostrar ao invasor, que quem aqui está, luta pela sua pátria, pela liberdade e pelo bem comum de todos os brasileiros.
Se a guerra é tão ruim, o que é preciso então para ter a paz?  Primeiro, a paz deve começar em cada um de nós, ou seja, em nossos corações. Se estivermos bem conosco, então a paz está plantada. Porém, se há algo que não está bem, seja dentro ou fora de nós, então o conflito se dá! Assim é com as nações. Qualquer situação mal resolvida, pode ser uma semente de guerra no futuro. Um país se resolve invadir o seu vizinho, é porque se sente forte e aposta na fraqueza do oponente. Muitas vezes, uma guerra é a consequência de uma paixão desregrada, ou seja, o líder da nação agressora quer se mostrar como o “tal” e aí pouco se importa com a desgraça alheia. Ele quer somente dizer com o seu ato estúpido, que é o “dono do pedaço” e que por isto deve ter todas as honras e prestígios! Assim foi com os reis antigos e assim  também é com os chefes de governos modernos.  A humanidade parece ser sempre a mesma!
Então, para cultivar a paz, é preciso ter antes de qualquer coisa, o senso da justiça. Mas o que é justiça afinal? O conceito desta virtude é simples: dar a cada um, o que é de direito, ou seja, o que lhe é pertencente. Se alguém tem algo que não é seu, o dono deste algo, mais cedo ou mais tarde o irá reclamar e se não lhe for devolvido por bem, será então à força. Assim é a paz. Um fruto maravilhoso, que deve ser mantido, por todos os seres pensantes. Porque é só com a paz é que podemos ter de verdade, uma civilização!



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