Entre Hamas e Israel,
quem recebe meu apoio?
O mundo inteiro está vendo com
apreensão significativa a violência no Oriente Médio. Israel e o grupo
palestino que controla a Faixa de Gaza estão agora em guerra violenta com
centenas de mortos e um número incalculável de feridos, traumatizados e prejudicados
com o conflito. É um conjunto de cenas tristes e indesejáveis! E na Sociedade
vem sempre a pergunta: quem está certo e quem é o errado nesta história? Isto
porque em qualquer briga, sempre há quem encontre o “bem e o mal”. De modo
geral, o “mal” é o que começou a briga, seja por agressão física, seja por agressão
moral. Já o agredido que se defende é o “bem” e se este ganha a briga, está
caracterizado uma justiça, com a “vitória do bem sobre o mal”. Vale dizer que
existe sempre a “turma do deixa disto”, que quer que a paz reine a qualquer
custo, mesmo com uma grande injustiça. Isto porque este grupo pensa que “qualquer
conflito que seja, é sempre um mal em si mesmo” e que em qualquer
circunstância, devemos sempre “dar a outra face” e nunca revidar, ainda que
seja com um grande prejuízo. Ora, quem não se indigna com a injustiça, falta com
a caridade, diz S. Paulo (I Cor. 13, 6). Assim, se eu vejo alguém que padece
sob um jugo cruel e injusto e aceito como se fosse algo natural, além de
pactuar com o erro, eu cometo um pecado contra o amor ao próximo! E então? Em relação
ao conflito entre o radical Hamas e o estado sionista, qual deve ser a minha
posição? Se eu perguntar a um homem da direita, ele provavelmente dirá que “Israel
está certo” porque tem o direito de se defender porque teve o seu território atacado
pelo Hamas com foguetes katyusha primeiramente. Logo, quem começou a briga,
deve arcar com as consequências. Se eu perguntar a um esquerdista, ele
certamente dirá que o Hamas deve atacar Israel porque os judeus, que são apoiados pelo imperialismo americano, são os
usurpadores da terra onde os palestinos viviam há séculos. Assim quem invade,
deve ser expulso! E finalmente se eu questionar a um centrista sobre “quem é
mocinho e quem é bandido” neste imbróglio,
ele dirá que “nenhum dos dois está certo em fazer guerra”, porque a guerra é
sempre uma estupidez!
E então? Quem é que está certo
nesta história? A reposta: nenhum! Israel é de fato usurpador da Terra Santa. É
um povo indesejável porque é contra o cristianismo e por isto está pagando até
hoje pelas suas más ações! Os judeus foram expulsos de lá no início da era
Cristã, por uma ação providencial! O povo deicida deve ser castigado por ter
atuado diretamente na morte de Jesus Cristo! Eles mesmos disseram: “Caia sobre
nós o seu sangue e sobre nossos filhos!”(Mt27, 25) Desta forma, a Palestina foi
dominada pelos romanos, que destruíram o Jerusalém e o seu templo e muitos
judeus foram mortos. Os que ficaram
vivos foram aprisionados e escravizados. Posteriormente, surgiu o movimento
sionista de instauração do Estado de Israel, que logrou êxito em 1948. Vale
dizer que tal movimento que era então inexpressível, se tornou bem
significativo por causa do Holocausto feito pelos nazistas. Assim, sem sombra
de dúvida, o nazismo foi o grande catalisador do sionismo. Até parece que veio
sob encomenda...
E os palestinos? É sabido que
eles estavam ali há milênios. Eu li que os maronitas são descendentes de povos
convertidos pelo apóstolo S. Paulo! Então, com certeza, eles são os verdadeiros
donos da terra. O certo não é a Terra Santa se chamar “Israel”, mas sim “Palestina”!
Mas isto não significa que eu devo dizer que o Hamas está certo e assim apoiar
os seus atos. O grupo da faixa de gaza é muçulmano fundamentalista, tal qual o
Talibã! Sua ideologia é anti-cristã e suas ações são reprováveis, tanto do
ponto de vista humano, quanto do ponto de vista moral. E moral aqui é a moral
católica, para ser preciso! Portanto, um católico verdadeiro não pode apoiar
jamais o Hamas!
Se é assim, qual deve ser o
desejo de um católico fiel? O professor Plinio Corrêa de Oliveira disse numa
reunião após ouvir que o papa João Paulo II propunha a “internacionalização de
Jerusalém”, que “a Palestina deveria ser no Reino de Maria, uma província
ultra-marina dos Estados Pontifícios que deveriam ser restaurados”. Assim, nem
Hamas, nem entidade sionista. Mas sim um estado Palestino verdadeiramente
católico, onde todos os cristãos podem ir rezar sem medo de perseguição ou sem
serem incomodados pela existência de uma religião que não é a sua, ou seja, a
católica!