Sentindo
a civilização
Em tempos de festas é quando
sentimos o quanto estamos longe de sermos de fato civilizados. Nada tenho
contra a alegria, a brincadeira ou a comemoração. Devemos exteriorizar nossos
sentimentos e compartilhá-los com as outras pessoas, porque somos seres
sociáveis. Entretanto, é justamente por sermos sociáveis é que devemos mostrar
aos demais, o quanto os temos em consideração. Assim, é bom e agradável que
saibamos respeitar o ambiente comum em que vivemos. Se eu sei que meu vizinho
trabalha amanhã e que eu ficarei em casa, não devo fazer barulho, por mais que
me sinta feliz e queira ouvir no último volume a minha música favorita. Da
mesma forma, se por acaso eu consumi grande quantidade de bebida alcoólica e se
desejo imediatamente esvaziar minha bexiga, não devo urinar na rua, ou pelo
menos em lugares inadequados. Se me falta tempo para tomar banho ou água na
minha casa, devo encontrar uma maneira de não cheirar mal, em consideração às
pessoas com as quais terei contato. E finalmente, devo me vestir adequadamente, em
consideração a mim mesmo, à minha dignidade como ser humano e principalmente de
acordo com as boas regras éticas e morais, que ainda regem a nossa sociedade. O
correto é que saibamos como conviver com o nosso próximo, porque devemos fazer
a ele, o que queremos que nos façam a nós mesmos. Nada melhor do que uma bela visão, um aroma
agradável, uma boa música, ou o silêncio, quando este é necessário. O ser
humano sempre procura o bem, a verdade e a beleza. Ninguém procura coisas
desagradáveis, ou que ferem os nossos sentimentos. Nada pior para se viver do
que uma cidade barulhenta, mal cheirosa, suja com as casas degradadas e ruas
esburacadas e com as pessoas se agredindo umas as outras, fisicamente ou com palavrões.
Desta maneira, se soubermos como
conviver com o outro, respeitando sempre as diferenças, estamos construindo a
verdadeira civilização que é para onde a humanidade deve caminhar.