sábado, 30 de junho de 2012

Esperamos o retorno dos que se foram, à casa paterna.

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O IBGE divulgou nesta semana, uma estatística estarrecedora sobre a população católica no Brasil. Segundo o instituto, "Em 2010, eram 123,3 milhões de católicos apostólicos romanos, 1,7 milhão a menos do que no ano 2000. A proporção caiu de 73,6% para 64,6% da população. Em 1970, eram quase 92%". Pela lógica, daqui a mais quarenta anos, nosso país terá por volta de 30% de católicos, somente! Isto não é bom! Nós sempre fomos conhecidos como "o maior país católico do mundo"! Sempre fomos católicos desde o descobrimento por Cabral. Nossas instituições são todas enraizadas na fé dos nossos ancestrais. Se deixarmos de ser católicos, com certeza será o nosso fim como nação e perderemos nossa identidade. Igrejas barrocas das cidades históricas, uma vez que não terá fiéis que a frequentem, na melhor das hipóteses serão convertidas em museus. Isto porque na Europa, onde há uma acentuada apostasia, muitas igrejas ou conventos se tornaram hotéis, garagens, centros comercias, ou até clubes! O interessante deste estudo é que houve um crescimento considerável dos "sem-religião". Estas pessoas egressas de religiões, perceberam que podem "ser felizes" se não frequentar igreja alguma e viver sua vida, simplesmente acreditando em Deus e fazendo algo que lhes faça bem espiritualmente.
Há um dogma católico que diz: extra Ecclesiam nulla salus. Isto é, "fora da Igreja, não há salvação"! Se estas pessoas que saíram da Igreja achando que podem se salvar, estão enganadas! Fora dela, não encontrarão os sacramentos, que são os sinais sensíveis da graça de Deus. Ou seja, sem a graça, serão desgraçados!Não podemos dizer para nós mesmos o seguinte: "bem, esta deserção maciça de católicos, é algo que nada tem a ver comigo... Afinal, eu não deixei a Igreja! Isto é problema dos egressos, porque a Igreja não perde fiéis, ela perde infiéis!" Este pensamento medíocre, é justamente o que certo maus pastores dizem. Eles não se importam com o que os católicos anseiam. Não dizem nos púlpitos o que se deve para converter ou afervorar o povo a quem lhes foi confiado. Eu quero dizer aqui, que passamos por uma grave crise de apostasia e a culpa disso é principalmente dos padres! Eles vem com um discurso de mais de cinquenta anos: A igreja não acompanhou os seus migrantes, não acompanhou o seu povo. A igreja tem que sair um pouco dos seus muros, das suas igrejas, tem que abrir janela, porta e ir onde está o povo de Deus”, opina o membro do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento/CNBB Thierry Lineard. Certamente é uma fala que nada produziu, ou se produziu algum fruto, este é podre!Deus quer que todos se salvem (I Tim 2, 4). Nós católicos devemos rezar pela conversão dos pecadores e pela perseverança dos justos. Logicamente nossas orações deve ser também pelos que se afastaram da Igreja, para que, à semelhança do  filho pródigo, caiam em si, e retornem, o quanto antes, à Santa Igreja Católica Apostólica e Romana!

sábado, 23 de junho de 2012

Provas da existência de Deus


Provas da existência de Deus
Diversas são as maneiras de se provar que Deus existe. Independentemente da revelação, pode-se provar que Deus existe usando-se tão somente a razão humana, o que se consegue mediante a consideração das coisas criadas (Cf. Rom 1,20).
    Desde o tempo dos Padres da Igreja que se têm estabelecido estes argumentos em uma forma fácil e popular: o conjunto dos seres criados têm sinais evidentes de que são o produto de um ser inteligente. Por exemplo: as leis que governam o mundo físico devem vir de uma inteligência extraordinária pois manifestam um alto grau de sabedoria unido a um imenso poder. É evidente que esta inteligência não reside nas próprias coisas, portanto o mundo foi criado, é sustentado e governado por um ser inteligente dele diferente e ao qual chamamos Deus. Nem parece haver alguma resposta séria a este argumento. Na verdade há muitas coisas no mundo que, enquanto se pode prever, não estão segundo planos sábios, e outras que até mesmo parecem contradizer a suposição que venham de um criador sábio e benevolente. Admitamos tudo isto. Admitamo-lo, mas nem por isto desaparecerá o fato de que podemos discernir vestígios inconfundíveis de um plano inteligente. Quando estes vestígios são abundantes, não será só a humildade, mas o bom senso que nos levará a reconhecer a existência de um criador sábio e a crer que tudo foi criado para um fim bom, embora em muitos casos nossa ignorância nos impeça de o discernir. Um homem mesmo não entendendo um complicado mecanismo que vê funcionar, pode legitimamente concluir que esse mecanismo procede de uma inteligência superior à sua, e mesmo violaria as mais simples regras do bom senso se atribuísse todas as partes dessa máquina que não consegue compreender, ao simples acaso ou a uma falta de conhecimento ou poder por parte do fabricante. Concluamos portanto honestamente que o argumento da finalidade ou do plano existente na natureza será sempre uma prova útil e valiosa da existência de Deus.
    No entanto S. Tomás, em sua famosa Summa Teologica, o colocou em último lugar na série dos cinco argumentos por considerá-lo o de caráter mais popular e de menor força. Seus outros argumentos são mais metafísicos e subtis, mas têm a vantagem de levar a mente mais direta e logicamente à conclusão da existência inegável de um ser absolutamente perfeito.
    Seu primeiro argumento se baseia no fato evidente de que existe movimento. De onde vem? Não das próprias coisas, pois nada pode ser sob o mesmo aspecto, ao mesmo tempo causa e sujeito do movimento. O movimento implica passividade: em outras palavras, a cousa movida deve estar sob a influência de algo distinto dela mesma que lhe cause o movimento ou mudança. Os seres vivos não são exemplo do contrário, pois embora devamos defini-los corretamente como seres que têm o movimento imanente, isto é, dentro de si mesmos, isto só significa que umas partes do organismo vivo comunicam o movimento a outras partes. O coração envia o sangue a todo o corpo, mas o coração recebeu seu primeiro impulso dos pais de quem recebeu a vida e é mantido em movimento por energias que esse mesmo corpo tira dos alimentos. Nem mesmo os seres intelectuais são causa independente de seus próprios movimentos. A vontade é influenciada pelos pensamentos, a mente não pode pensar a não ser que objetos lhe sejam ou tenham sido originariamente propostos de fora. Portanto, mesmo que suponhamos uma série infinita de seres, desde estejam sujeitos a movimento e mudança, este movimento em exigem uma explicação e seremos então forçados a concluir a existência de um primeiro motor, ele mesmo imóvel, isto é, de um ser que se mesmo tempo a perfeição da atividade e vida, e a perfeição do repouso, a causa do movimento e mudança enquanto ele mesmo não muda. A este ser nós chamamos Deus.
    A segunda prova se baseia na atividade das coisas ao passo que a primeira se baseava na passividade das mesmas. Certas causas no mundo produzem certos efeitos e vemos que estas causas existem em uma ou ordem regular. Causas são elas mesmas o efeito de outras causas. Aquilo que é causa de outras causas ou causas, é por sua vez efeito de outra causa, isto é, é causado; os pais são causa a seus filhos e por sua vez causados por seus próprios pais. Se examinarmos o mundo exterior, a natureza toda, veremos que causa é por sua vez efeito de uma outra. Prolonguemos a série ao infinito e encontraremos necessariamente uma última causa que não tenha sido causada, isto é, que não requer uma outra causa externa de si mesma como origem de seu próprio ser. Nenhuma outra explicação se poderá jamais encontrar para esta série de causas, a não ser a primeira causa não-causada. primeira causa das causas, Esta primeira causa das causas, não-causada, é Deus.
    O terceiro argumento é tirado da contingência das coisas. A existência não pertence à essência das coisas. Tudo que conhecemos não está determinado por sua própria natureza a existir, pois tudo perece e morre. De cada ser podemos dizer que um tempo não existiu. Além desta série de seres contingentes (e podemos multiplicá-la ao infinito sem prejudicar o argumento), não pode deixar de haver um ser sério e absoluto.
    O quarto argumento de S Tomás, tomado dos graus de perfeição nas coisas, é talvez o mais subtil e difícil de todos. Percebemos, pela observação, que as criaturas são mais ou menos sábias, nobres, boas, etc. Estas qualidades não pertencem à sua essência pois então não se poderia falar de mais ou de menos. Sócrates e Platão, como homens têm ambos a natureza humana, e, se quisermos falar com toda exatidão, um não pode ser mais verdadeira e perfeitamente homem do que o outro, uma vez que a definição de homem cabe a cada um. O fato, portanto, de que um homem ou um anjo é mais sábio, mais nobre, mais poderoso do que outro prova que a sabedoria, a nobreza e o poder não pertencem à natureza humana ou angélica enquanto tais ou em si mesmas. Como não são sábios, nobres, etc., em si mesmos ou em razão de sua simples existência natural, segue-se que essas perfeições lhes devem advir de fora e chegaremos então à idéia de um ser absoluta e perfeitamente sábio, nobre, santo, forte, etc., porque a sabedoria, santidade, poder, etc. nEle estão mais que como simples atributos, isto é, são idênticas à sua natureza. Assim, Deus não é simplesmente caridoso ou amante, mas é a própria caridade. Não se pode dizer isto com verdade, nenhum ser a não ser de Deus.
    Pode-se ainda tirar um outro argumento da consciência, isto é, do fato, atestado pela experiência de que tem o homem,por natureza, uma consciência do bem e do mal independente do seu conhecimento que certas ações são nocivasa outrem ou a si mesmo, ou indignas de si. Este argumento tem a vantagem de nos levar mais diretamente que qualquer um dos cinco propostos por S. Tomás a uma verdadeira concepção de Deus como justo, santo e misericordioso.