sábado, 24 de maio de 2014

Passado e presente da Agricultura

Quem não se lembra daquela musiquinha da copa de 1970, que iniciava assim: “Noventa milhões em ação...”? Pois é! Hoje já somos mais que o dobro da população daquela época. E o Brasil mudou de forma considerável! Houve mudanças políticas, sociais e econômicas. Tornamo-nos uma verdadeira potência agrícola graças aos avanços tecnológicos, que para atender a uma população cada vez maior, tivemos que mudar muitas coisas. A primeira foi a definição de o que queríamos ser de fato. Se era para continuar no subdesenvolvimento ou se era para avançar no progresso.  Desta forma, o país saiu de uma situação que perdurava praticamente desde a época de colônia, quando iniciamos a nossa história com uma vida predominantemente rural e passamos a morar majoritariamente nas cidades. Quando a maior parte das pessoas morava no campo, a nossa agricultura era de modo geral de subsistência. Todos produziam nos seus quintais, ou em pequenas lavouras, aquilo que necessitavam para comer. O fazendeiro só comprava o sal que vinha do mar, porque este não podia ser produzido na sua fazenda, ao contrário das outras coisas que ele e seus familiares comiam, vestiam, se medicavam e até divertiam. A propriedade rural era auto-suficiente como eram os feudos medievais e se sobrava algo, este era então vendido nas cidades, naqueles mercados ou feiras-livres, dos quais ainda hoje persistem de forma tenaz e que são disputados por fregueses e turistas que queiram conhecer o que a população local produz. Não há lugar melhor para se conhecer a cultura regional de um povo, do que um mercado municipal. Ali sim, é possível ver quem produz o quê e o que é produzido.
 Felizmente ou infelizmente, dependendo do ponto de vista, a situação atual é bem diferente. Morando majoritariamente nas cidades, as pessoas têm mais acesso às tecnologias, à educação, à saúde, ao lazer e a uma melhor qualidade de vida. Obviamente ainda dependemos do produtor rural para comer e assim viver. Não é possível plantar e colher em apartamentos ou em quintais de casas que estão cada vez menores por causa dos altos preços dos terrenos para construção. Assim ficamos dependentes do abastecimento contínuo e de toda a logística que ele envolve. Isto revela uma situação que pode ser frágil. Ainda há pouco, algumas cidades do Norte do país ficaram incomunicáveis por causa de enchentes de rios. Esperemos que algo semelhante não ocorra nunca a um nível maior ou mesmo nacional porque senão estaríamos perdidos!

A agricultura brasileira tem sido até o presente, a principal coluna da nossa economia. Nossas safras são cada vez maiores ano a ano e o agronegócio é responsável por milhões de empregos diretos e indiretos. E isto apesar de inúmeros percalços como secas prolongadas, mercado financeiro instável e duvidoso, impostos altíssimos e preços de insumos bem elevados. Nosso homem do campo está de parabéns, porque é devido ao seu empreendedorismo corajoso que as cidades vivem! É a ele que devemos o nosso café da manhã, nosso almoço e jantar, além dos lanches entre as refeições. Pensemos nisto ao comer qualquer coisa. E que saibamos valorizar nossos alimentos, que foram produzidos com tanto trabalho, para evitar todo tipo de desperdício.

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